02/01/2013

comecei 2013 com uma infecção bacteriana na garganta que eu nunca tinha tido igual desde a primeira, aos 4 meses de idade. minha primeira visita do ano foi ao hospital e depois à farmácia.

disfarcei bem os calafrios? rs
é claro que isso foi herança de 2012. sem nenhum sintoma anterior, simplesmente acordei no último dia do ano com a garganta fechada e, como merda pouca é só bobagem, no decorrer do dia, fui vendo o meu plano de último dia do ano [que era um plano ridiculamente simples] ser frustrado e a principal responsável por isso ser exatamente uma criatura que colaborou com alguns dos inúmeros fracassos que permearam o ano que acabou de acabar. inicialmente, fiz o de praxe: gritei, esperneei, fiz previsões pessimistas e irracionais, depois fui lavar meu cabelo e trabalhar pra me acalmar; me acalmei demais e passei a ter intervalos de choro cada vez que revisitava alguns dos outros 365 dias.

e 2012 foi como essa crise de garganta: o pior de todos. passei 2012 esperando 2012 passar. essa é a trágica verdade. meu ano astrológico virou em setembro de 2011 e, três meses depois, sofri um segundo sequestro relâmpago, parecia um aviso do que ainda estava por vir. em maio, minha avó morreu; ela, que era uma segunda mãe, extremamente presente e uma das pessoas mais importantes da minha vida.

passei o primeiro semestre inchando com injeções mensais de corticóides que eu tomava porque não tinha tempo nem paciência pra procurar um profissional que cuidasse não das crises respiratórias, mas do meu quadro a longo prazo. fiquei esquisita, gorda e minha auto estima zerou (negativou).

em julho, uma árvore caiu na rua do meu trabalho e levou a energia embora antes que eu salvasse o arquivo que tinha produzido com minha chefa cinco minutos antes. no dia seguinte, quando soube da perda do arquivo, ela achou por bem me chamar de doentinha da cabeça e eu decidi que seria minha última semana lá.

deus sabe como eu detesto ficar sem uma ocupação, mas aí eu acabei tendo disposição pra cursar a última disciplina que faltava pra concluir o curso e pra supostamente fazer a monografia, que é lógico que eu não fiz. a ufma ainda entrou numa greve do tamanho da que eu peguei quando entrei na ufpi, em 2005. nada conspirou a favor.

por falar em deus, o fundo do poço, atingido em outubro, me reaproximou da igreja. rituais são obrigatórios para pessoas de signo de terra como eu e foi isso [além da persistência da minha mãe] que acabou me atraindo.

bom, apesar do meu virginianismo, livrei esse post dos detalhes até mesmo pra evitar que ele se tornasse um muro de lamentações. tudo isso foi pra dizer que, depois de outra virada astrológica e de atingir o fundo do poço, comecei a vivenciar o que 2013 reserva. voltei pra terapia, acertei de medicamento e obtive resultados rápidos e eficientes do conjunto dessas medidas. estou cada vez mais próxima do que sou e mais distante do que estava (nos últimos 3 anos). continuo não acreditando em milagres, não virei uma otimista. mas sair do meu quarto, conseguir um orientador, investigar minha saúde, perder seis quilos, acertar o cabelo e retomar o namoro, com certeza me fazem ter uma perspectiva muito melhor de tudo. infelizmente, não posso me dar ao luxo de demonstrar meus planos e minhas conquistas como eu gostaria, pelo menos não ainda; notei que tem MUITA energia ruim [gerada até mesmo por pessoas que tenho como próximas] e só esperando a oportunidade de me abater. mas 2013 tá aí pra isso; vou me fortalecer e combater esse tipo de coisa com a mesma eficiência que me determinei a curar a pior crise de garganta de todas.

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