Eu devo ter virado uma dessas pessoas amarguradas e vazias por dentro.
Reveillon me deixa entediada, me dá sono. Não é a coisa mais fácil do mundo assumir, mas isso de escolher uma cor pra vestir, inaugurar calcinha, banhar os outros com espumante barato, pular ondas, nada disso faz o menor sentido pra mim.
Não me convide, não me chame pra celebrar o fim de um ano e começo de outro. Em um ano acontece coisa demais; eu não consigo decidir o que achei de 2008 , mas eu preciso? Em 2008, tive altos muito altos e baixos muito baixos. Teve o sequestro, tiveram as decepções, as mesmas inseguranças, mais medos, muito mais medos, mas eu também superei algumas coisas como eu jamais imaginei que fosse conseguir, tive coragem, tomei atitudes e iniciativas quando eu menos esperei, conhecí pessoas sensacionais, ganhei um presente de aniversário inesquecível.
Não foi um ano ruim, mas também não foi um ano bom. Não dá pra comemorar uma coisa tão morna. E, de tanto ver meus planos não se concretizarem, desaprendí a planejar. Não consigo mais planejar um mês, o que dizer de um ano?
É por isso que eu celebro às sextas, por ter conseguido chegar viva ao fim de mais uma semana, porque a sexta-feira me alivia e ela se repete uma vez a cada sete dias e não uma vez a cada trezentos e tantos dias. Porque, por enquanto, ainda consigo decidir se a semana foi ruim ou boa. E, se ela tiver sido ruim, eu vou afogar as mágoas; e, se tiver sido boa, eu vou afogar as mágoas também.
Eu só posso ter virado uma dessas pessoas amarguradas e vazias por dentro.
Reveillon me deixa entediada, me dá sono. Não é a coisa mais fácil do mundo assumir, mas isso de escolher uma cor pra vestir, inaugurar calcinha, banhar os outros com espumante barato, pular ondas, nada disso faz o menor sentido pra mim.
Não me convide, não me chame pra celebrar o fim de um ano e começo de outro. Em um ano acontece coisa demais; eu não consigo decidir o que achei de 2008 , mas eu preciso? Em 2008, tive altos muito altos e baixos muito baixos. Teve o sequestro, tiveram as decepções, as mesmas inseguranças, mais medos, muito mais medos, mas eu também superei algumas coisas como eu jamais imaginei que fosse conseguir, tive coragem, tomei atitudes e iniciativas quando eu menos esperei, conhecí pessoas sensacionais, ganhei um presente de aniversário inesquecível.
Não foi um ano ruim, mas também não foi um ano bom. Não dá pra comemorar uma coisa tão morna. E, de tanto ver meus planos não se concretizarem, desaprendí a planejar. Não consigo mais planejar um mês, o que dizer de um ano?
É por isso que eu celebro às sextas, por ter conseguido chegar viva ao fim de mais uma semana, porque a sexta-feira me alivia e ela se repete uma vez a cada sete dias e não uma vez a cada trezentos e tantos dias. Porque, por enquanto, ainda consigo decidir se a semana foi ruim ou boa. E, se ela tiver sido ruim, eu vou afogar as mágoas; e, se tiver sido boa, eu vou afogar as mágoas também.
Eu só posso ter virado uma dessas pessoas amarguradas e vazias por dentro.
3 comentários:
Que idéia essas people têm de que 31/12 é tempo de recomeço. Hunf. Eu passei com o show da virada e uma comida ruim que a vizinha mandou. Hahaha. *eu só posso ter virado uma dessas pessoas amarguradas e vazias por dentro*
mermã,se eu fosse tirar o ano de 2009 pelo tanto de gente feia que eu vi nessa virada...tava era lascada, viu?
eu tbm não ligo de celebrar o ano e o escambau. eu nao fiz promessas nem nada e meldels, só estou tentando ser uma pessoa mais leve (espiritualmente falando, pq já cheguei nos 52 kg e MEIO), mas isso não é pra 2009, 2010 é ad infinitum. e peço o de sempre: ó dios, dai-me paciência!
(ah, mentira, minha meta desse ano é ficar rica.)
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