a lembrança mais remota de música na minha vida vem de quando eu ainda morava em são luís (onde passei os primeiros dez anos da minha vida) e cantava com minha vizinha leandro e leonardo e zezé di camargo e luciano. só os clássicos. nunca tive bom gosto musical. continuo não tendo. mas não sei medir a importância que a música (por mais brega que seja) exerce na minha vida. de tão grande que é.

apesar disso, desde que comecei jornalismo, o ramo para o qual eu menos dei atenção foi o de radiojornalismo. no sentido de que não seria a primeira coisa que eu achava que ia me interessar. ironicamente, meu primeiro estágio tá sendo em rádio e eu tô completamente apaixonada por esse meio de comunicação e essa aproximação toda me fez enlouquecer ainda mais com música.

ok, enrolei horrores, mas o que eu queria mesmo dizer era que ultimamente eu tenho refletido sobre o que uma música é capaz de fazer com as pessoas.
o ferraço, de duas caras, tava concorrendo com o deputado sem sal, sem açucar, sem corante e sem pimenta e com o caco ciocler (ok, claudius) na disputa pelo coração de maria paula.
DO NADA, ele, de último colocado das pesquisas, caiu no gosto dos telespectadores e, de repente, não mais que de repente, virou o favorito.

pra mamãe, e eu concordo, não foi 'do nada'. ela acha que é tudo culpa desse tal de james blunt cantando tipo toda hora essa tal de same mistake! é essa música que tá derretendo o coração de todo mundo e fazendo todo mundo esquecer todas as merdas que o ferraço fez no passado.

eu nunca pensei que uma música pudesse manipular as pessoas desta forma.
tô arrasada.




meu pai aumenta o volume toda vez que toca.
aí eu venho do computador pra tv quase sempre.