Motoristas sofrem com chuvas
Alagamentos causam transtornos em ruas e avenidas de Teresina.
Aiara Dália
Clara Rocha

Apesar de promoverem um alívio ao calor e à seca, os meses chuvosos sempre foram motivo de preocupação para o teresinense. Por estar concentrada em apenas quatro meses do ano, a chuva, o excesso dela, provoca toda sorte de prejuízos. Porém, além dos desmoronamentos de casas localizadas em áreas de riscos, no últimos anos, os alagamentos estão atingindo avenidas com grande fluxo de carros e causando uma série de danos aos seus condutores.
“Fora a alta quantia que eu gastei com o conserto do carro, tive que esperar o reboque atender três outros casos iguais ao meu. Quando tudo terminou, já eram 2:30 da manhã. Foi muito desgastante.”, indigna-se Marco Aurélio Freitas, que não imaginava que o caminho que costuma seguir para casa pela avenida Homero Castelo Branco era um dos pontos de acúmulo de água. Ele lembra também o transtorno de passar uma semana sem o seu veículo.
O superintendente executivo da SDU Leste, Vicente da Silva Moreira Filho, admite existir um problema de drenagem urbana que afeta principalmente os bairros da zona Leste de Teresina pela forma como eles foram habitados. Ele explica que a pavimentação impermeabiliza o solo, impedindo que a água infiltre e que esses bairros são distantes dos rios, tornando mais difícil o escoamento das chuvas.
O lixo jogado nas ruas também colabora com esses alagamentos, pois é levado pelas chuvas para a entrada das galerias e impede o escoamento de muita água. “A Prefeitura tenta manter as galerias limpas, mas a falta de educação é sem limite e a sujeira jogada nas ruas continua obstruindo a passagem da água”, alarma Christiane Machado Lima, gerente de habitação e urbanismo da SDU Centro-Norte.
Vicente confessa que a quantidade de galerias é insuficiente para o tamanho da área que elas abrangem. “Só a Galeria Eustáquio Portela, localizada atrás da avenida Homero Castelo Branco, capta a água correspondente a uma área de 327 hectares”. Essa situação só confirma a necessidade da construção de novas galerias, entretanto só é possível a ampliação das já existentes. “Uma galeria custa cerca de 8 milhões de reais; isso é muito, principalmente porque é uma obra que só vai ser usufruída durante alguns meses do ano, enquanto que saúde e educação devem ser prioridade o ano inteiro”.
De acordo com pesquisas realizadas pela Prefeitura, de quatro em quatro anos, as chuvas vêm mais intensas e, como 2007 é um desses anos, esse grande volume de água já era esperado. Mesmo assim, iniciativas vêm sendo tomadas no sentido de sensibilizar senadores da bancada piauiense para viabilizar a construção de uma nova galeria no orçamento da União.
Mesmo 2007 sendo um ano que estava previsto para ser mais chuvoso que os últimos três, o volume de água precipitada foi bem maior que o esperado. “Se em 2003 a maior média mensal de índice pluviométrico foi de 314,8 mm, em 2007, essa média saltou para 535,8 mm até agora”, afirma Aderson Soares Junior, pesquisador na área de irrigação da Embrapa. Isso explica o conseqüente aumento na quantidade de carros atingidos por inundações de avenidas. Tibúrcio da Frota Junior, proprietário de um reboque, afirma surpreso que chegou a atender de 15 a 20 carros por chuva, cerca de 30% a mais que em 2006.
Há quatro anos, em dezembro de 2003, Acir Lago foi vítima desse fenômeno, quando teve seu carro levado pela enxurrada. “Estacionei o carro próximo à avenida Presidente Kennedy e quando voltei, ele estava boiando dois quarteirões à frente”, narra. “A água inundou o motor, encharcou toda a parte interna e ainda trouxe dejetos consigo. O carro não prestou para nada; tive que vender”, finaliza.
Em casos como este, o condutor deve evitar forçar o funcionamento do veículo e acionar um reboque. Para recuperar um carro segurado, o investimento é, em média, de 750 reais, já para o que não dispõe de seguro, esse valor aumenta para aproximadamente 3 mil reais. Além desses gastos, o automóvel ainda pode perder até 90% de seu valor de mercado. “Quando a água alcança o motor e a parte elétrica, o diagnóstico é de perda total: a seguradora prefere arcar com outro carro do que com o conserto do que foi afetado”, informa Humberto Trajano, consultor de seguros.
Os problemas mecânicos encontrados com maior freqüência são: falhas constantes no motor, ruídos na suspensão, pane no sistema elétrico e fusão do motor. Por serem mais frágeis, os carros modernos estão mais expostos a esses tipos de defeitos. Segundo o mecânico de injeção eletrônica Ariosvaldo dos Santos, a maioria dos carros que chegam à oficina em que trabalha são castigados pela falta de esclarecimento do motorista e pela má condição de vias como: Homero Castelo Branco, Presidente Kennedy, Nossa Senhora de Fátima, Dom Severino, Jockey Club e, na zona Sul, Gil Martins.“Quando a chuva tiver mais intensa, o motorista deve manter a velocidade baixa. Caso encontre uma poça de água, ele deve observar e seguir por onde os outros carros estiverem passando e não trocar a marcha durante a passagem”, alerta Ariosvaldo. E, se o veículo falhar, é importante não tentar ligá-lo e chamar um reboque.
“Fora a alta quantia que eu gastei com o conserto do carro, tive que esperar o reboque atender três outros casos iguais ao meu. Quando tudo terminou, já eram 2:30 da manhã. Foi muito desgastante.”, indigna-se Marco Aurélio Freitas, que não imaginava que o caminho que costuma seguir para casa pela avenida Homero Castelo Branco era um dos pontos de acúmulo de água. Ele lembra também o transtorno de passar uma semana sem o seu veículo.
O superintendente executivo da SDU Leste, Vicente da Silva Moreira Filho, admite existir um problema de drenagem urbana que afeta principalmente os bairros da zona Leste de Teresina pela forma como eles foram habitados. Ele explica que a pavimentação impermeabiliza o solo, impedindo que a água infiltre e que esses bairros são distantes dos rios, tornando mais difícil o escoamento das chuvas.
O lixo jogado nas ruas também colabora com esses alagamentos, pois é levado pelas chuvas para a entrada das galerias e impede o escoamento de muita água. “A Prefeitura tenta manter as galerias limpas, mas a falta de educação é sem limite e a sujeira jogada nas ruas continua obstruindo a passagem da água”, alarma Christiane Machado Lima, gerente de habitação e urbanismo da SDU Centro-Norte.
Vicente confessa que a quantidade de galerias é insuficiente para o tamanho da área que elas abrangem. “Só a Galeria Eustáquio Portela, localizada atrás da avenida Homero Castelo Branco, capta a água correspondente a uma área de 327 hectares”. Essa situação só confirma a necessidade da construção de novas galerias, entretanto só é possível a ampliação das já existentes. “Uma galeria custa cerca de 8 milhões de reais; isso é muito, principalmente porque é uma obra que só vai ser usufruída durante alguns meses do ano, enquanto que saúde e educação devem ser prioridade o ano inteiro”.
De acordo com pesquisas realizadas pela Prefeitura, de quatro em quatro anos, as chuvas vêm mais intensas e, como 2007 é um desses anos, esse grande volume de água já era esperado. Mesmo assim, iniciativas vêm sendo tomadas no sentido de sensibilizar senadores da bancada piauiense para viabilizar a construção de uma nova galeria no orçamento da União.
Mesmo 2007 sendo um ano que estava previsto para ser mais chuvoso que os últimos três, o volume de água precipitada foi bem maior que o esperado. “Se em 2003 a maior média mensal de índice pluviométrico foi de 314,8 mm, em 2007, essa média saltou para 535,8 mm até agora”, afirma Aderson Soares Junior, pesquisador na área de irrigação da Embrapa. Isso explica o conseqüente aumento na quantidade de carros atingidos por inundações de avenidas. Tibúrcio da Frota Junior, proprietário de um reboque, afirma surpreso que chegou a atender de 15 a 20 carros por chuva, cerca de 30% a mais que em 2006.
Há quatro anos, em dezembro de 2003, Acir Lago foi vítima desse fenômeno, quando teve seu carro levado pela enxurrada. “Estacionei o carro próximo à avenida Presidente Kennedy e quando voltei, ele estava boiando dois quarteirões à frente”, narra. “A água inundou o motor, encharcou toda a parte interna e ainda trouxe dejetos consigo. O carro não prestou para nada; tive que vender”, finaliza.
Em casos como este, o condutor deve evitar forçar o funcionamento do veículo e acionar um reboque. Para recuperar um carro segurado, o investimento é, em média, de 750 reais, já para o que não dispõe de seguro, esse valor aumenta para aproximadamente 3 mil reais. Além desses gastos, o automóvel ainda pode perder até 90% de seu valor de mercado. “Quando a água alcança o motor e a parte elétrica, o diagnóstico é de perda total: a seguradora prefere arcar com outro carro do que com o conserto do que foi afetado”, informa Humberto Trajano, consultor de seguros.
Os problemas mecânicos encontrados com maior freqüência são: falhas constantes no motor, ruídos na suspensão, pane no sistema elétrico e fusão do motor. Por serem mais frágeis, os carros modernos estão mais expostos a esses tipos de defeitos. Segundo o mecânico de injeção eletrônica Ariosvaldo dos Santos, a maioria dos carros que chegam à oficina em que trabalha são castigados pela falta de esclarecimento do motorista e pela má condição de vias como: Homero Castelo Branco, Presidente Kennedy, Nossa Senhora de Fátima, Dom Severino, Jockey Club e, na zona Sul, Gil Martins.“Quando a chuva tiver mais intensa, o motorista deve manter a velocidade baixa. Caso encontre uma poça de água, ele deve observar e seguir por onde os outros carros estiverem passando e não trocar a marcha durante a passagem”, alerta Ariosvaldo. E, se o veículo falhar, é importante não tentar ligá-lo e chamar um reboque.
3 comentários:
que legaaaaaaaaaaaaaal!
=]
arrasou, gata!
=*
Que foto! pura metalinguagem! Valestes mesmo!
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