é estranho, mas eu acho que eu fui a única teresinense que não festejou o fato de o Instituto Dom Barreto ter sido eleito o melhor colégio do Brasil. eu poderia até dizer que é porque eu sempre soube, independente de Enem, que ele é o melhor colégio do Brasil, mas eu estaria mentindo. eu sempre soube disso, mas não me empolguei por agora o país todo saber, porque eu prefiro antes questionar às custas de que ele sustenta essa posição.

posso dizer que, pelo menos, até o ano 2000, o Dom Barreto não era constituído apenas de gênios, mas também pessoas comuns, que se esforçavam e até adoeciam na corrida por uma média, assim como outras muito inteligentes com comportamento indigno de um ser humano.

posso dizer também que, apesar de já ter ouvido alunos que saíram de lá antes de concluir o ensino médio afirmarem que passaram no vestibular por causa do colégio, eu tive que fazer um ano de pré-vestibular pra conseguir passar pro segundo semestre de Jornalismo, mesmo tendo cursado da 3ª à 8ª série no Instituto Dom Barreto.

e, finalmente, posso dizer que a maior parte da minha exagerada insegurança deve-se ao fato de que o melhor colégio do Brasil me mostrou que, por maior que seja o meu esforço, eu sempre vou ser uma pessoa mais ou menos.

a única conclusão que eu posso tirar é que eu realmente não preciso me empolgar com o mérito de uma instituição que me convenceu de que eu sou uma bosta.

assim como os orgulhosos têm o direito de comemorar rasgadamente por aí, eu tenho motivos pra ser, pra variar, do contra.